PROTEÇÃO DE ROCHAS

As rochas naturais tem sido utilizadas há séculos em projetos arquitetônicos, devido sua beleza e por tornar cada projeto único. No entanto, uma das maiores vantagens desse tipo de revestimento é a sua durabilidade insuperável e a possibilidade de restauração. Mas para que isso seja possível, além da escolha correta do tipo de rocha a ser utilizado para cada situação, alguns cuidados devem ser tomados, sendo o primeiro deles a proteção.

Muitas dúvidas sobre a proteção de rochas naturais ainda persistem como: porque, quando, como e quais rochas proteger, porém a resposta é bastante simples.

Para que o seu projeto tenha uma grande longevidade e mantenha a sua beleza por décadas, proteja sempre, todos os seis lados, de qualquer rocha natural.

As rochas naturais, são uma mistura de minerais não homogenia, suscetíveis a reações químicas e orgânicas, quando em meio aquoso (na presença de água). Por sua vez, a água está presente durante todo o processo construtivos, desde a instalação, limpeza e manutenção, estando presente até mesmo no ambiente através da umidade do ar. Por isso, as rochas devem ser protegidas, assim que possível, durante o processo, para minimizar os efeitos da água. Porém, para uma melhor compreensão é importante abordarmos dois pontos distintos: Os tipos de umidade e as diferenças entre impermeabilizante e hidrofugantes.

Umidade

Durante toda a sua vida, a rocha será exposta a umidade, seja ascendente, descendente ou de condensação. As umidades ascendentes e descendentes são bastante fáceis de serem entendidas e observadas. As formas mais comuns para ascendente são: da própria argamassa de assentamento, do solo por capilaridade ou ainda sob pressão. Para descendente as mais comuns são: água de lavagem, da chuva e por derramamento.

A forma de umidade mais difícil de ser observada, é a de condensação, que vai se acumulando lentamente proveniente da umidade do ar, podendo ser potencializada pelas outras formas de umidade. A umidade de condensação ocorre durante a queda de temperatura, quando o ar perde a capacidade de reter a água em estado de vapor, liberando-a na forma líquida no ambiente.

Podemos observar este fenômeno quando retiramos algo da geladeira e que fica molhado, devido ao resfriamento do ar que estava ao redor. O ar não consegue mais manter a água na forma de vapor liberando-a na forma líquida. Outro exemplo é o orvalho sobre as plantas devido a queda de temperatura durante a noite.

Devido a sua porosidade e capilaridade natural, as rochas são mais sensíveis a este efeito, por permitirem uma maior circulação de ar e/ou água pelo sistema. Isso pode ser combatido com a correta proteção, que permitirá a respiração da rocha, sem causar nenhuma degradação a mesma.

Diferença entre impermeabilizante e hidrofugante

Os impermeabilizantes são produtos que formam película e bloqueiam totalmente a passagem de água ou vapor. Esses produtos devem ser aplicados no tardos das peças, para impedir o efeito da umidade ascendente assim como a de condensação.

Os hidrofugantes são produtos que agem impregnando a porosidade da rocha sem formar uma película. Isso impede a passagem de água na forma líquida, mas permite a permeabilidade do vapor d’água, fazendo com que a água não afete a rocha e com que o vapor posa deixa-la, evitando a concentração de água por condensação dentro do sistema.

Como proteger corretamente

Com a rocha totalmente seca, aplicar os produtos de proteção, nos seis lados do ladrilho sendo:

No tardos aplicar o impermeabilizante até a formação de um filme continuo e sem falhas, de preferência, em duas ou mais camadas finas de acordo com a necessidade.

Na superfície e nas laterais do ladrilho, aplicar o hidrofugante mais adequado, até que haja a saturação e a rocha não absorva mais o material. As aplicações devem ser feitas sempre na horizontal para garantir a maior penetração e homogeneidade dos produtos.

Disponível em: REVISTA ROCHAS, Ed. 265 março/abril 2019, pg 142.